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Desejamos que se sinta em “casa” e que descubra nesta Instituição um oásis de humanismo e de humanização; desde logo, pelo caráter da nossa missão que é servir para promover a dignidade humana; depois, por causa dos valores que nos inspiram, valores transcendentes e irrevogáveis que mergulham as suas raízes no Evangelho e, mais globalmente, na revelação cristã, matizados pelos princípios fundamentais da cultura ocidental. Também irá certamente experimentar grande conforto ao constatar que tais valores são encarnados na vida e no percurso de cada utente, de quem estamos ao serviço.
Para o verificar pessoalmente, peço-lhe que me acompanhe, porque vou fazer uma visita guiada:
Começamos pela cave. Bem visíveis são os alicerces que regem o operar desta instituição e a raça de que são feitos. Sobressai o respeito pelo primado da pessoa. Aqui, cada um, seja funcionário seja utente, não é um número, mas alguém sempre sentido e tratado como pessoa que tem na sua dignidade um referencial sagrado que deve ser salvaguardado e promovido. A vida, a história, a personalidade, o percurso existencial, fazem com que a pessoa seja alguém único e irrepetível e, por isso, constitua o valor supremo que ilumina tanto a nossa identidade como o nosso operar. O ser humano é a nossa razão de ser, como o é por consequência, a sua promoção e formação como pessoa, fundamento profundo e mola impulsionadora do nosso trabalho. O farol que guia o conteúdo e os modos de cada uma das nossas valências é a dignidade da pessoa humana.
Subimos ao primeiro andar. As salas por dentro estão habitadas pela dedicação e pela competência, respira-se uma atmosfera de bem-estar. Os relacionamentos entre as pessoas são caracterizados pelo espírito de família; cada um cultiva a amizade, ciente de que esta é o húmus indispensável para o crescimento e o desenvolvimento das potencialidades da pessoa. Também a eficiência faz parte do manancial da nossa missão.
Vamos ainda fazer uma visita ao Arco-Íris e ao Apoio Domiciliário, onde estão os nossos Seniores. Por eles há, antes de mais, uma grande admiração pelos anos de labor e luta que os seus rostos trazem estampados e cujos corpos são o testemunho vivo de muitas batalhas travadas ao longo da vida. São tratados com muito respeito e compreensão, e somos capazes de ver que a curva vergada das costas não revela apenas o que fizeram por si próprios mas o quanto foram, viveram e se entregaram pelos outros. A eles dispensamos muita ternura, e grande atenção às lições de vida que nos legam.
